domingo, 29 de janeiro de 2012

Fora de foco.

   Minha inquietação interna beira a insanidade. Me desconcentro facilmente e não consigo estar apenas num lugar. Quero pensar em tudo, ter controle sobre tudo que me acontece e me acontecerá a seguir. 
   Antes de vir a Terra esqueci-me de passar pela fila que me concederia “foco”. Conheço a palavra, procuro por ela dentro de mim, mas não adianta! O pouco que consegui encontrar, foram resíduos de algo que eu nem chamaria de foco, está mais para uma preocupação, resultado desse necessidade pela busca de concentração.
   Tenho uma cara ligeiramente serena, de quem está sempre calma, mas dentro de mim há um vulcão prestes a explodir. Não de raiva ou coisas negativas, isso posso garantir. Mas tal vulcão faz tudo se acumular aqui dentro. 
   É tanta necessidade de encontrar o foco, que acabo sempre no mesmo lugar, distraída, enquanto repito comigo mesma: “Preciso me concentrar!”. O que só atrapalha na busca, me fazendo focar nessas palavras e não no seu real significado

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Meu querer..


   Momentos esclarecedores são raros de acontecer, porém quando eles ocorrem, vem com uma percepção a mais, que ilumina o que de escuro havia entre nossas dúvidas e indecisões. Porém precisa-se aprender a substituir velhos hábitos, planejando um futuro mais verdadeiro e concreto.
   Eu não quero ver revoluções mundiais, com bandeiras erguidas e pessoas implorando por um novo mundo. Quero pessoas dispostas a se revolucionar, a ter coragem de enfrentar seus próprios monstros, sem a necessidade de fugir de si mesmo e precisar de outro alguém, porque ficar sozinho já não basta, seja por medo ou falta de algo mais. Quero pessoas mais reais, mais verdadeiras, que estejam dispostas a serem elas mesmas, doa a quem doer. Chega de tanta covardia, dessa falta de coragem e excesso de superficialidade. Quero pessoas mais inteiras, mais complexas, menos rasas. - Será que é pedir demais?
   Muitas vezes sinto falta de ver mais força de vontade, de por a cara a tapa e enfrentar o que vem pela frente, independente do que seja, sem medo de arriscar pelo que virá no futuro.
   Chega de drama, de pensar e repensar, de procurar tanto as respostas para o que de inexplicável aconteceu e já passou. Chega! É hora de procurar o rumo certo, abrir espaço para o que de novo a vida tem a oferecer, que eu sei que não é pouco e que depende unicamente de mim.
   E eu quero e quero muito o que vem a seguir. Quero o revigorante sabor que a novidade possui. Já me cansei do fim e seu ar de despedida dramática