segunda-feira, 30 de abril de 2012

During the rain...


Hoje, enquanto ouvia o barulho da chuva cair, procurei pensar em alguma coisa, qualquer coisa que fizesse algum sentido, o mínimo que fosse, que me servisse de reflexão naquele momento. Mas nada de concreto me veio a mente.
Depois de algum tempo nessa inútil procura, percebi que no fim, isso era algo bom, e que devemos ter esse tempo também, o tempo de não pensar em nada, de só ouvir o que está lá fora, como o barulho da chuva, por exemplo. Dessa forma, conseguimos dar uma folga para a cabeça, poupando-a e poupando nós mesmos das preocupações e dos questionamentos, que de certa forma, tanto nos desgastam.
Se conseguíssemos reservar um tempo de nossos dias para essa experiência, certamente conseguiríamos solucionar temporariamente, pelo menos um dos nossos problemas: O da falta de tempo. Você já deve estar se perguntando: Mas como? Isso só me faria perder mais tempo! - Engana-se. Quando nos damos essa pausa, o mínimo tempo para não fazer nada além de esquecer de pensar, aproveitamos e valorizamos ainda mais o tempo que se esvai tão rapidamente de nossas mãos. Paramos para observar mais, e com isso, a pequena pausa, que num dia comum passaria despercebida junto ao resto dos outros minutos, dessa vez, é mais aproveitada. Com isso, até mesmo os ponteiros do relógio, se divertem com a bagunça que fazemos da rotina que tinha se tornado nosso "tempo perdido", e até mesmo eles, decidem passar mais calmamente.

Em meio a tanta correria, vamos tentar reservar esse tempo em nossas vidas, para simplesmente parar e respirar, mais nada além disso.



"Quando a chuva passar, quando o tempo abrir.. Abra a janela e veja eu sou o sol.."

domingo, 29 de abril de 2012

As lembranças vão na mala..


As lembranças são bem mais eternas que os momentos vividos. É como se enquanto estivessemos vivendo-os, nossa cabeça estivesse ocupada demais para pensar a respeito, então, quando eles chegam ao fim e não temos muito além dessas lembranças para pensar, aí sim o tempo resolve passar mais lentamente, retrocedendo memórias dentro de nossas cabeças. E só então conseguimos nos dar conta dos momentos em que vivemos, do valor que eles tiveram... e que mesmo sendo apenas lembranças, percebemos sua real importância. São nessas horas, na hora da lembrança, na hora da saudade que pensamos o quão bom seria se pudéssemos voltar a fita; retroceder determinados momentos, rever determinadas pessoas, refazer determinadas ações e talvez corrigir determinados erros. São nessas horas que abrimos as fotos, lemos as mensagens, cada timtim por timtim e tentamos reviver TUDO. Acontece, que o presente e passado não andam juntos e temos que aceitá-los com cada coisa em seu tempo.

"É tempo que não volta mais.."

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Listen !


Seja da pior ou da melhor maneira, você aprende que o que estraga o mundo particular de cada um, não são as pessoas que estão ao redor, e sim você mesmo. Apenas você e mais ninguém pode controlar quem entra no seu universo e quem permanece nele. Você quem cria as leis e faz com que sejam respeitadas. E, sem querer me intrometer na decisão de alguém, é apenas um conselho: não ache que vale a pena trocar um mundo inteiro, por pequenos momentos de prazer, por várias horas de refúgio, ou por alguns elogios falsos. Mesmo não sendo tão agradável pensar assim, no ambiente em que estamos vivendo está cheio de pessoas que pretendem colecionar corações, falando algumas palavras bonitas e decoradas à dezenas de desconhecidos. Marketeiros de amizade, eles vendem ilusões e estão milionários e envaidecidos com os olhares de admiração que recebem de cegos e carentes ex seres humanos.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

O dia em que ela cansou de falar de amor..



"- Ah, Daniel, você sabe que esse papo de amor é furada, não sabe? Não entendo por que você insiste em retomar esse assunto a cada mínima discussão que a gente tem sobre a vida. Tanta coisa pra falar por aí, sei lá, economia, política, futebol, seus problemas de dicção e as soluções para a TPM feminina.
- Você sempre foi de se esquivar quando o assunto era esse. Te conheço há tanto tempo e nunca te vi encarar de frente uma discussão sobre amor, relacionamentos estáveis, projeções para o futuro…
- Você defenderia algo em que não acredita? Então, eu sou assim. Discutir sobre o amor com uma anti-romântica, instável e entusiasta da ideia de viver o presente e largar os outros tempos verbais pra lá vai ser sempre dessa forma. Não é desilusão, nem frustração. Eu simplesmente acho uma grande perda de tempo ficar teorizando sobre isso tudo. Tanta filosofia boa pras pessoas explorarem e elas ficam falando e falando e falando do maior clichê que a humanidade já viu.
- Mas Ju, diz pra mim. Você até pode não acreditar, mas… O que é o amor pra você?
- O amor é tudo aquilo que as pessoas não conseguem sentir e vivem tentando teorizar para parecerem entendidos do assunto.
- Hmm, profundo. Amor é uma abstração, então?
- Vou te explicar essa minha visão. Houve há um tempo, uma menina que acreditava nas coisas que os mortais diziam por aí. Eu acreditava em homens e mulheres dispostos a encontrar o grande amor de suas vidas e dispostos a permanecer juntos para sempre. E eu era uma dessas pessoas, Dani. Um certo dia, um guri de camisa xadrez e olhos verdes-cor-de-esperança me disse que eu era pra sempre. Eu acreditei na promessa daqueles olhos e, de repente, eu me vi como mais uma no mundo que acreditava. Mas não é porque eu acreditava que essas coisas existiam…
- Mas você já acreditou em amor, então…
- Eu descobri que “pra sempre” dura alguns dias, talvez anos, mas nunca é sempre. Aliás, nunca e sempre são palavras muito parecidas quando se fala de qualquer tipo de relacionamento. Quanto tempo dura o seu amor? Foi isso que eu me perguntei e isso que eu quis me responder. Romântica que nunca fui, achei a minha resposta rapidinho. Isso que vivem falando por aí não é amor. Amor não existe. Isso é outra coisa que não tem nome, não tem cheiro, mas tem fome de casais e românticos incuráveis.
- E é isso que você acha da gente? hahaha
- Não, é isso o que eu acho dessa fantasia de amor. A gente se entende, se dá bem, se gosta e tudo mais. Nosso relacionamento é firme, eu confio em você e a gente paga as nossas contas muito bem. Não, eu não falo “eu te amo” e você sabe muito bem o porquê. Pra quê ficar falando disso tudo o tempo todo. Eu gosto mais do mundo quando eu posso viver o que tem pra viver. Quero mais é deixar o clichê de lado. Quero é que você entenda que esse meu jeito meio sarcástico e realístico não tem nada a ver com você. É minha forma de errar no mundo, de ver as coisas como elas são. Esse sentimento lindo e blá,blá,blá que todo mundo fala pode até se chamar Amor. Mas a nomenclatura de uma palavra não comprova sua existência. É abstração, pensamento de filósofo embriagado, sonho de menina fria e de canalhas românticos. Isso aqui que a gente tem não é amor, mas é real.
- Isso quer dizer então que…
- Isso quer dizer que eu sou assim e ponto final. Vou estar contigo na cervejinha de Sexta e vendo o jogo de Domingo no estádio. A gente teve a sorte de torcer pro mesmo time. Vou continuar as minhas piadinhas sem graça e não gostando de rosa. Vou falar cada vez mais no telefone com as meninas e te dar toda a liberdade pra sair com os guris quando quiser. Aliás, traz todo mundo aqui pra casa e vamos fazer uma festa da próxima vez. Vou deixar meu LP ligado tocando aquela música que você aprendeu a gostar por minha causa e que eu sempre tive como preferida. Vou arrotar alto na sua frente, falar mil palavrões quando estiver com raiva, te encher a paciência quando quiser carinho. Mas acho que cansei de falar de amor o tempo todo, o tempo inteiro. Você é um romântico incurável, meu bem. Mas se você não estiver satisfeito com o que é isso que a gente tem…


- Pode deixar que eu não toco mais no assunto. Sabe por quê? Porque isso é amor pra mim, meu bem."

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Tempo, tempo, tempo, tempo...



E eu que não acreditava no tempo me pego sendo surpreendida por ele. Lembro bem quando me disseram que o tempo é o senhor da razão e eu não quis acreditar. É que fazia tempo, sabe? Fazia tempo que o tempo não ficava ao meu favor. Fazia tempo que o relógio parecia estar com os ponteiros parados. Mas não. Muita coisa estava acontecendo e eu não percebia. Com o tempo, as coisas vinham se ajeitando e eu nem aí. O tempo por si só andava a procura de alguém, de algo que o fizesse correr contra ele mesmo ou que fizesse os ponteiros voltarem a marcar horas, minutos e segundos. Acontece que o tempo encontrou um alguém chamado destino; e confesso que não poderia existir encontro melhor.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Duas faces de uma mesma moeda..

Daí tu vai jogar, mas antes precisa escolher o time na cara ou coroa. (Embora não sejam definitivamente esses os lados da moeda que você está jogando pro alto. Mas joga mesmo assim, afinal, o maior desejo de alguém é ter a sorte de escolher o lado certo.) E ao jogar você escolhe aquele lado que mais lhe convém no momento. Ao observar a moeda subindo, passam pela cabeça diversas vezes a alegria de um acerto e a tristeza de um erro. Até que ao chegar na altura máxima que se poderia chegar, ela vai caindo. Até que você abre a mão, e a segura, sem deixá-la cair para não ter que jogar uma outra vez. E vai abrindo a mão lentamente, com um tanto de vontade de saber se a escolha foi certa ou errada. E bingo! Você acertou, teve a sorte de acertar. Mas quem te garante que ter escolhido o lado certo da moeda, te levará até o fim do jogo? E se escolheu o lado errado, quem garante que você não será o vencedor do mesmo?  Sorte no jogo, azar no amor e vice-versa.. Essa moeda se chama amor, e esse jogo de sorte ou azar não se encaixa muito bem nela. Porém, as escolhas sempre estarão presentes. Já parou pra pensar quais são os dois lados da sua moeda? E qual deles você escolhe?


Nossas escolhas vão dizer pra onde iremos...



segunda-feira, 16 de abril de 2012

Só por uma noite...

De repente, de um jeito manso e ao mesmo tempo devorador, com a cabeça afogada em seu travesseiro, lembranças vinham à tona como cenas de filmes recém vistos. Ela lembrou dos tantos encontros, das tantas risadas, das tantas lágrimas. Lembrou dele, dos momentos juntos, dos momentos longe. Dos abraços, das músicas, dos filmes, dos banhos, das brincadeiras, da voz que sussurrava em seu ouvido. Mil e uma lembranças que não cabiam dentro de apenas uma mente. Tantas lembranças que desvairavam os sentidos, e corroiam a razão. Lembranças que ela queria reviver, nem que fosse em um sonho, só por uma noite...

domingo, 15 de abril de 2012

(?)


O segredo não se encontra propriamente na resposta, o segredo está em descobrir a pergunta correta, mesmo que sem respostas prontas para essa. Dessa forma ao menos se consegue saber pelo que se procura e quer ser encontrado. Quando não se consegue encontrar a pergunta correta, jamais será possível chegar a conclusão sobre qual resposta é a certa.


quinta-feira, 12 de abril de 2012

Talking to the moon..

Da janela do seu quarto..
Ela: Oi, Lua! Há quantas noites você não dorme?
Lua: Faz tempo, querida! Realmente faz tempo!
Ela: Fico impressionada com o quanto você se esforça pra iluminar nossas noites, até aquelas mais tenebrosas.
Lua: Todo ser tem seu lado bom e ruim. Iluminar, para mim, é sinônimo de força, de bem-estar.
Ela: Mas a sua luz tem como ter um lado ruim?
Lua: Tente me observar por um minuto, em um momento maravilhoso da sua vida...
Ela: Já fiz isso diversas vezes, é a coisa mais maravilhosa do mundo! Onde está o tal do lado ruim?
Lua: Agora, passado esse momento, tente me observar sem ter saudade...
Ela: Saudade dói, não é, Lua?
Lua: Deve doer, canso de ver lágrimas caindo nos rostos de quem me olha. Não é o seu caso, é?
E ao terminar a pergunta, uma gota escorria dos olhos da menina ao encontro do parapeito da janela do seu quarto.


Ps; Já olharam a Lua hoje? 

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Virtude dos fortes !

"Quem nunca errou, que atire a primeira pedra!" Já dizia um antigo ditado. São muitos pontos a analisar baseando-se em apenas uma única frase. Muitos pontos negativos e positivos, os quais, muitas vezes não temos tempo e nem vontade de enxergar. Perante um erro, nos tornamos humanos. E sim, somos humanos! Mas diariamente o sentimentalismo ocupa uma parte desse ser "humano", assim como somos chamados. Porém, com um erro alheio, ou próprio, a frente, somos incapazes de liberar esse sentimentalismo. Ao contrário, o trancamos a 7 chaves em um lugar que, nem mesmo nós, sabemos onde fica. Humanos erram, humanos acertam, humanos não tem a capacidade de perdoar. Onde já se viu? Poder tanta coisa e perante a tamanha virtude, não possuir esse poder todo!? Aí que está.. Humanos são imperfeitos. "Imperfeição: (Subst.) qualidade do que não alcança a perfeição, não é perfeito, que é imperfeito. erro, defeito." . Logo, Humanos erram.. Poucos são os que entendem isso, poucos são fortes para aceitar, poucos sabem perdoar. "Os fracos nunca perdoam. O perdão é uma virtude dos fortes!" Mas hoje em dia, força, só se vê nos músculos.

domingo, 8 de abril de 2012

Feliz Páscoa!




Que essa Páscoa conceda à todos chocolates que sejam suficientes para adoçar a vida, até aquelas mais amargas. Que sejam suficientes também para os fazer entender o real sentido desse dia. O real amor e carinho com que as pessoas tem que ser tratadas e compreendidas. E entender, mais ainda, que isso não se pratica apenas no dia de hoje. FELIZ PÁSCOA !

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O apego não quer ir embora..

   "O que eu realmente queria contar era como este animal tocara nossas almas e nos ensinara algumas das lições mais importantes de nossas vidas. "Uma pessoa pode aprender muito com um cão, mesmo com um cão maluco como o nosso", escrevi. "Marley me ensinou a viver cada dia com alegria e exuberância desenfreadas, aproveitar cada momento e seguir o que diz o coração . Ele me ensinou a apreciar coisas simples – um passeio pelo bosque, uma neve recém caída, uma soneca sob o sol de inverno. E enquanto envelhecia e adoecia, ensinou-me a manter o otimismo diante da adversidade. Principalmente, ele me ensinou sobre a amizade e o altruísmo e, acima de tudo, sobre lealdade incondicional."   Era um conceito interessante, que só então, após a morte dele, eu compreendia inteiramente. Marley como mentor. Como professor e exemplo. Seria possível que um cachorro – qualquer cachorro, mas principalmente um absolutamente incontrolável e maluco como o nosso – pudesse mostrar aos seres humanos o que realmente importava na vida? Eu acreditava que sim. Lealdade. Coragem. Devoção. Simplicidade. Alegria. E tbém as coisas que não tinham importância.Um cão não precisa de carros modernos, palacetes ou roupas de grife. Símbolos de status não significam nada para ele. Um pedaço de madeira encontrado na praia serve. Um cão não julga os outros pela cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Um cão não se importa se vc é rico ou pobre, educado ou analfabeto, inteligente ou burro. Se vc lhe der seu coração, ele lhe dará o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não. Enquanto eu escrevia a coluna de despedida para Marley, descobri que tudo estava bem à nossa frente, se apenas pudéssemos ver. Às vezes, era preciso um cachorro com mau hálito, péssimos modos e intenções puras para nos ajudar a ver."

Marley e Eu - John Grogan

Proteje a gente aí do céu, Lupinho. Você já tá fazendo tanta falta! s2