quarta-feira, 28 de março de 2012

Como uma onda no mar..

É como se fosse um barco em um redemoinho. Você rema, rema, rema e tá sempre no mesmo lugar, sempre remando em círculos. Até que você cansa, os remos quebram e o barco acaba seguindo a correnteza. De repente seja o caminho certo. De repente ela te desague num mar conhecido, em que dê pra navegar novamente. Mas pode ser que ela te leve pra algum lugar desconhecido, onde você vai ter que saber nadar, porque o barco não aguenta. Aí você escolhe.. Nadar, nadar e morrer na praia ou continuar remando contra a correnteza pra tentar um novo caminho num mar já conhecido? E se você não souber remar nem nadar? Hoje, eu tenho preferido nem entrar no mar.

segunda-feira, 5 de março de 2012

HD Central


Quantas vezes você já ouviu dizer que a mente é o computador humano e começou a agir como tal? Acontece, que isso é errôneo. Nessa era globalizada, muito se pode fazer em um computador, diferentemente da mente, embora tão eficaz seja a mesma. Pense.. Tem dias que por mais maravilhosos que tenham sido, você chega ao fim dele com aquele aperto no coração. Não importa se sabendo ou não o motivo do mesmo, mas aquele aperto te sufoca. E você fica ali, horas.. minutos.. segundos.. tentando entender o porquê dele, ou apenas uma causa, um motivo que o tenha levado até você. E você pensa, pensa, pensa.. como se estivesse procurando arquivos por todo o computador.. (Ok, nessa parte você ainda pode compará-los..) e muitas vezes sem chegar a lugar algum, hipótese alguma, culpado algum. Ou melhor, acaba achando um enorme culpado.. VOCÊ. Começa a se culpar, começa a lembrar, começa a achar que não tá fazendo certo. Começa a encontrar milhões de defeitos, como se fossem vírus.. (e aí você começa a perceber uma maior equalidade entre ambos..) Mas calma! Desde cedo, aprendemos aquele lance de inconsciente, que ele está sempre ali nos importunando na hora boa e ruim, e sim.. ele é o grande culpado. Aquela mágoa, aquele sentimento, aquele amigo, aquele amor que você apertou o 'DELETE' mental, antes guardados igualmente no HD central (o qual conhecemos como memória..) não conseguem ser eliminados que nem em um computador. Ta aí, a maior das diferenças.. Sentimentos, outra grande diferença.. Onde será que eles ficariam armazenados em um computador? Você já parou pra pensar? Será que ficariam guardados em pastas, as quais você deletaria no momentos que bem entendesse? Poderíamos ser assim também.. mas não. Então não se culpe! Esses apertos no coração repentinos irão sempre acontecer, culpa dos arquivos inapagáveis da mente. Aprenda, não somos máquinas, não podemos agir como tal. E embora almejamos sê-las, não funcionará.. Não seremos eficazes a ponto de quando queimarmos um HD trocarmos por outro.. A memória, nosso HD central, permanecerá sempre ali, sem substituições de uma pela outra. Mas estará sempre refazendo a troca de algumas pastas, arquivando outras, e como nos dias desses apertos no coração, abrindo uma pasta e revelando todos os seus arquivos.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Ironias dos sem assunto..

Antes era mais fácil desabafar... Será que é isso que chamam de amadurecer? Será que é isso que chamam crescer? Não conseguir mais se expressar em palavras? Essas horas gigantescas que, escrevendo em rascunhos, só saem frases feitas e clichês banais? As vezes, como agora, fico pensando - "o que estou sentindo?" - e nada me vem a mente, é o tal vazio acontecendo de novo. Me critico, me pergunto, me procuro, não me acho. Me machuco, me ajudo, me apoio... São tantas coisas acontecendo, tantas já aconteceram, mas no fim eu sempre me ajeito. Procurar palavras as vezes é tão desnecessário quanto tentar entender tudo que se passa por aí. Já não sei dizer se isso é bom ou ruim. Quando começo a finalmente sentir algo, me vem a nostalgia do vazio, aquela vontade de me sentir em "paz", sem maiores desgastes, quando estou assim, não sentindo nada, sinto saudade da bagunça da minha mente de quando tinha o que pensar, ao invés de ficar a procura, de sei lá o que... É confuso eu sei. Talvez isso seja o crescer.. Não ter tempo pra pensar, não ter tempo pra saber, não ter tempo pra distinguir. Mas onde isso vai parar? A falta de tempo nunca foi sinônimo de amadurecer.. Talvez isso seja só uma desculpa própria pra fugir dos diversos assuntos que passam pela cabeça. Aqueles assuntos que teimam em permanecer e que eu mesma já enjoei. Mas acredite, é só falta de tempo. Falta de criatividade, assunto,  vontade e um pouco de preguiça. Acredite.. Tente acreditar.. É difícil até pra mim.